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Chiquinho Silva, diretor executivo do ITJ, junto com a juventude na universidade.

Na noite da última terça (18/08), pelo acontecimento da XIV Semana do Curso de Ciências Sociais da Universidade Estadual Vale do Acaraú, que tem como temática “Negritude e o mito da democracia racial”, foi realizado no Auditório do Campus das Ciências Humanas – CCH, uma mesa redonda que debatia sobre a problemática do extermínio da juventude negra e ainda a questão da redução da maioridade penal, os convidados foram: o deputado Estadual Renato Roseno; o rapper e militante da Consulta Popular, Rogério Chaves (Babau); e Chiquinho Silva, Diretor Executivo do Instituto Teias da Juventude da cidade de Sobral.
O auditório estava repleto e também o espaço de integração do Campus, foi montada uma estrutura com telão para que todos os alunos e convidados que estavam participando da semana pudessem acompanhar cada detalhe da fala dos convidados da mesa. Chiquinho em sua fala, trouxe os alarmantes dados da situação cearense que consta no mapa da violência, publicado este ano. Ainda por sua experiência com juventude, pode relatar a realidade de muitos jovens sobralenses, moradores da periferia, que vivem à mercê das condições de uma vida dignas preconizada pelo estatuto da juventude.  Como relata a aluna do Curso de Ciências Sociais, Fernanda Matias:
“Eu me sentir representada e emocionada de vê-lo falando sobre sua vida e sobre a história do nosso povo negro. Onde só quem vivência a periferia compreende esse sentimento. A nossa Luta contra redução é uma LUTA histórica e social e ACREDITAMOS nas mudanças sociais vinda da base, em que precisamos estar unidos nesse processo de resistência do nosso povo e Chiquinho transmitiu isso na fala, no olhar e nas expressões.”
            Esse momento de grande importância, foi bastante enriquecedor para as juventudes presente na universidade, como foi ouvido na fala aberta para a plenária. E ainda essa afirmação pode ser comprovada pela repercussão deste encontro, presente nas alas da universidade, nas redes sociais e ainda nos meios de comunicação da cidade de Sobral, como das cidades circunvizinhas por conta campo universitário.
“A fala do companheiro Chiquinho mostra a realidade de uma população que, historicamente, é marcada por todas as formas de violência vivendo a margem de uma sociedade capitalista, racista que descrimina, explora, segrega e criminaliza os sujeitos sociais que vivem e moram nas favelas e periferias.  A voz do Chiquinho põe em foco à questão negra e ao mesmo tempo empodera essa população, principalmente, a juventude que, na atual conjuntura vem sendo exterminada sem direitos, vítimas do racismo institucional com a conivência do Estado”

Profa. Dra. Aldiva Sales Diniz, do curso de Geografia da UVA.


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